VIVA COM AMOR

VIVA COM AMOR

sábado, 25 de outubro de 2008

Freire, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.148 p.



“Não há docência sem discência”.
Falando da prática educativa o autor a partir deste primeiro capítulo e por todo o livro, fala sobre a base para ele fundamental da prática do educador em relação com o educando, não uma relação professor/aluno, ele mergulha na profundidade de níveis de compromissos exigidos nesta relação, busca qualificar esse compromisso através da compreensão de uma prática de relações.
O autor trata dessa relação como escolha autônoma do educador/educando, no entanto com responsabilidades distintas. Compreende sua dimensão humana sujeita as pressões do corre-corre do dia a dia que ao passo que explica não pode justificar uma prática descompromissada com a opção feita. E assim segue os outros capítulos.
Paulo Freire nos leva a ver que criticizar-se, é algo que parte da curiosidade ingênua que, está associada ao saber do senso comum, e se constrói na aproximação de forma cada vez mais metodicamente rigorosa do objetivo cognoscível, se tornando curiosidade epistemológica; mais ainda quando esta curiosidade dirige-se para saberes comuns ao cotidiano do educando, que no aprofundamento destes saberes se redescobre frente à realidade que o cerca. Freire afirma que quanto mais se exerce a capacidade de aprender constrói-se mais desenvolvendo o que chama de curiosidade epistemológica, e vantagem do ser humano ter se tornado capazes de ir além, independente da prática utilizada. Faz-se necessária a existência de educadores e educandos criadores, instigadores, curiosos humildes, persistentes transformadores, realizador de sonhos, capaz de ter raiva e também capaz de amar. O Texto mais que orientações, são expressão da paixão do autor pelo processo de diário de aprender e ensinar. Paixão essa expressada em cada linha, por alguém que acredita que não existe educação sem relacionamento; não existe relacionamento sem respeito ao outro; não existe respeito sem confiança e nem confiança sem compromisso. E este compromisso para Paulo Freire não é nada mais que o amor, e com esperança fala que nós podemos ser sempre mais e melhor, é dever daqueles que tem a responsabilidade de ensinar tentar compreender através dos olhos do educando, para que juntos tornem-se mais humanos.
Capitulo 1
Relacionamento é a palavra chave para a compreensão do primeiro capitulo. O relacionamento é fundamental na construção do ato de aprender e ensinar, educador/educando, o qual baseia este relacionamento sobre o compromisso ético de superação e construção de autonomia. O autor ao afirmar que “não existe docência sem discência”; responsabilidade mútua, apontando com essencial cuidado o papel significativo de cada educador; busca alertar para as exigências para a prática do educador. Para o autor, ensinar exige rigorosidade metódica, traduzida aqui pelo processo de aprendizagem. Apontando para a necessidade de criticização da relação e compromisso do educado e do educando. Afirma que ensinar exige pesquisa, e pesquisar aquilo que se ensina, é comprometer-se com a qualificação do conteúdo ensinado e respeito às condições do educando.
Para Freire, colocar no centro do processo de aprendizagem o educando, é colocar ali também os seus saberes; possibilitando a ele perceber-se como peça chave deste relacionamento. O autor fala da importância do pensar certo, algo que demanda profundidade e não superficialidade na compreensão dos fatos. Supõe a disponibilidade à revisão dos achados, reconhece não apenas a possibilidade de mudar, de apreciar, o direito de fazê-lo.
O Autor afirma que ensinar exige o encontro das palavras através do exemplo; risco, aceitação do novo e rejeição a discriminação, sobre uma constante reflexão crítica desta prática com o reconhecimento e a elevação da identidade cultural dos indivíduos. Assim, transformar a experiência educativa em puro treinamento técnico, é desvalorizar o que há de fundamentalmente humano no exercício educativo; o seu caráter formador. Exige-nos estética e ética; a busca de uma crítica permanente aos desvios fáceis com que somos tentados, às vezes ou quase sempre, a deixar nos levar pelas dificuldades que os caminhos do processo educativo podem nos apresentar.
Capitulo 2
Já no segundo capítulo o autor observa a construção ética deste relacionamento. Volta-se completamente para o ato em si do educador que é possibilitar ao educando condições de construção de conhecimento de forma crítica, como afirma, “ensinar não é transferir conhecimento”. Paulo Freire dimensiona eticamente o papel do educador, reconstrói conceitos e localiza sua ação na perspectiva da opção; ainda que esta opção não corresponda com a mudança. Ser ético é assumir-se e possibilitar ao ser humano condições para também assumir-se diante do mundo. Neste sentido ele volta à questão do pensar certo como uma postura exigente, difícil, às vezes penosa, que temos de assumir dos outros e com os outros, em face ao mundo e dos fatos, evitando assim os simplismos, as facilidades e as incoerências grosseiras. Paulo retoma também a questão do ser humano ou seu inacabamento, afirmando que esta condição é própria da experiência de vida cada um, tudo que é vivo é por natureza inacabada. Para ele todas as mulheres e homens são seres éticos, capazes de intervir no mundo, de comparar, de ajuizar, de decidir, de escolher, capazes de grandes ações e, também capazes de exemplos de indignidade.
O reconhecer-se inacabado, imperfeito e histórico para Freire, é condição para se problematizar-se e problematizar o mundo que nos condiciona, nos possibilitando acreditar que somos capazes de ir além da realidade do mundo que nos cerca. Paulo Freire, como professor para mim consegue enquanto fala levar o aluno para a intimidade do seu pensamento. A aula de vê ser um desafio, perguntar, conhecer e reconhecer-se e melhor, satisfazer-se com tudo aquilo que faz que vê e ouve. Capitulo 3
Paulo Freire trata durante todo o livro do processo educativo como algo por natureza ligada ao ser humano; é neste capítulo que ele busca aprofundar e contextualizar o que isso de fato implica frente a relação entre educador/educando, e como se constrói estas relações de especificidade humana dentro de uma perspectiva de ética e comprometimento.
Afirma que a autoridade é a segurança que se expressamos, na firmeza com que decidimos, respeitando as liberdades, discutindo suas próprias posições e que aceita analisar-se.
Esta autoridade desafia a todo instante a liberdade, no sentido de expandi-la, de provocativamente fazer com que ela, a liberdade, questione o papel da autoridade
Como educador Paulo afirma que tanto lida com sua liberdade quanto com sua autoridade em exercício, mas também com a liberdade dos educandos, a quem deve respeitar, com a sua autonomia, bem como com a construção da autoridade dos educandos.
A autoridade/liberdade para autor está diretamente ligada a como o educador se coloca diante dos educandos, como constrói para eles seus compromissos. Sabe-se que não passa despercebida pelos alunos, e que a maneira como o percebem o ajuda ou não no cumprimento de sua tarefa, aumenta assim seus cuidados com seu desempenho. Sendo sua opção democrática, progressista, não pode ser contrária a liberdade ou autoritária. Quanto mais criticamente a liberdade assume o limite necessário, tanto mais autoridade ela tem, eticamente falando, para falar em seu próprio nome.
Toda esta discussão e fundamental para o autor no sentido que ensinar é próprio do ser humano. E como humano que somos, corremos conseqüentemente o risco de aumento de nossas responsabilidades e compromisso de educador.
Para Paulo Freire, o bom professor, conhecedor de sua autoridade democrática, mostra aos educandos suas opções e compromissos, não as impõe, e ressalta o questionamento como momento essencial para a reflexão e exercício da liberdade do educando. Sua aula é um desafio.
O importante que antes de qualquer discussão de técnicas, materiais, de métodos para uma aula dinâmica, são indispensáveis para que o professor se encontre consciente no saber de que é fundamental a curiosidade do ser humano. É ela que faz perguntar, conhecer, atuar. Reconhecer a humanidade é perceber que humano que somos, podemos construir relações reconhecendo o direito de cada um. A raiz mais profunda na educação do ser humano, é baseada na sua natureza inacabada e consciente
Por fim Freire diz que “se não posso, de um lado, estimular os sonhos impossíveis, não devo negar de outro o direito de sonhar’.
É esta percepção do homem e da mulher como seres programados, mas para aprender, para ensinar, conhecer, intervir, que faz entender a prática educativa como um exercício constante em favor do desenvolvimento da autonomia de educadores e educandos.
Conclusão:
Paulo Freire descreve que alguns educadores que se acham acima do saber, ou melhor, que não tem nele objetivo de troca entre iguais, mas considera apenas informação de repasse mecânico. Esta reflexão me fez entender a profundidade de suas palavras, provocativas e instigantes. Ler o livro com este olhar novo me envolveu me identifiquei ainda mais com processo educativo que ocorre o tempo todo, nas mais diferentes relações sociais, familiares, em atividades recreativas, religiosas, esportivas, etc.. Uma imensa responsabilidade, com os papéis sociais que assumimos, enquanto educando, aluno, professor, cheios de possibilidades e opções. Tentar comentar a paixão do autor foi ainda mais difícil que eu imaginava, e reduzi-lo as poucas páginas em que este trabalho se tornou para minha primeira resenha foi complicado. Freire fala com graça e leveza, usa palavras muitas vezes simples entre termos desconhecidos e com facilidade. Comentar de forma justa seus argumentos e idéias foi o que pretendi.
Ensinar é próprio do ser humano, pois foi o que de fato encontrei no livro, alguém que sabendo o que diz e faz, o faz de forma simples e apaixonada, ao passo que em sua humildade reconhecendo-se como um ser em construção.

Síntese- Pesquisa- Princípio Científico e Educativo



Não deve haver separação entre pesquisa e ensino.
Desmistificar a pesquisa significa também o reconhecimento da sua
inclusão natural na prática, pois quem ensina precisa pesquisar,quem
pesquisa precisa ensinar.
É preciso reinventar a pesquisa na escola através de uma autocrítica sobre seu papel na sociedade, pois se considerar- mos a instituição escolar
apenas por suas aulas,colas e decorebas, ela poderia ser substituída
pela televisão um instrumento de ensinar e aprender muito mais eficiente
do que a escola.
Não há ciência sem pesquisa, sobretudo ão há criatividade científica sem
pesquisa.
Metodologia científica, descobrir e criar não são a mesma coisa, já a pesquisa analítica descobre e nisso cria conhecimentos novos.
Sem ressaltar no momento o lado da pesquisa como princípio educativo,
bastaria trazer à cena a pesquisa como Princípio científico, para demarcar o absurdo que é o mero ensinar e o mero aprender.
O ensino motivado na pesquisa, na medida em que os sujeitos se inserem no processo de produção do conhecimento como atores de uma prática coletiva que supõe compromisso histórico social, não só contribui para a formação desses sujeitos como faz com que continuem aprendendo na realidade diariamente em que se desempenham sua prática.
O que faz da aprendizagem algo criativo é a pesquisa, porque a submete ao teste, a dúvida, ao desafio, desfazendo tendência meramente reprodutiva.
Professor é aquele que ensina baseado em seus conhecimentos adquiridos com pesquisas, e não somente com graduação.
Se a pesquisa é a razão do ensino, o ensino é a razão da pesquisa
Reduzir o ensino à aula é reduzir a aprendizagem ao escutar.
É necessário motivar o aluno a pesquisar, no sentido de fazer o seu próprio questionamento para chegar à elaboração própria. O caminho para a verdadeira aprendizagem é a biblioteca, onde é preciso munir-se de leitura farta, para dominar posturas explicativas, entre elas escolher a
mais aceitável e a partir desta elaborar uma própria.
O segundo passo é iniciar a elaborar, fazendo tentativas aproximadas, até sentir-se seguro de um tema.
O professor assume então o lugar de orientador, pesquisador.Apesar da consciência na educação, é preciso transformar, motivando o surgimento consciente do cidadão.
Refletindo sobre a prática de pesquisas e educação, nota-se que a prática não se restringe à aplicação da teoria.A aplicação da teoria ressalta o lado da qualidade formal, no aprimoramento das condições
instrumentais de exercício profissional.
É indispensável ser um técnico competente,como é indispensável ser um cidadão atuante e organizado, trazendo para o meio dessa cidadania a
instrumentalização cientifica adequada.
Por sua vez, toda prática deve estar relacionada com a formação
acadêmica, contextualizada pela teoria e pela pesquisa/ensino/extensão.
A relação professor/aluno é questão vital na elaboração de um currículo.
O profissional da educação deve ser capaz de construir um projeto próprio, educativo e assistencial, competente cientificamente e participativo politicamente, abrangendo o conceito de pesquisa em seu compromisso de atuar.

Valores na infância - Papel da família e da escola na construção de relacionamentos sociais






Nas últimas décadas tem havido uma inequívoca tensão nos núcleos familiares. Os pais têm cada vez menos tempo para convivência com os filhos, o nível de desemprego se elevou, a instabilidade social cresceu, as taxas e divórcios e separações são cada vez maiores e o aumento da
mobilidade vêm provocando uma sensação de desenraizamento
nas pessoas.
O núcleo familiar no qual as crianças vem sendo criadas é bastante
restrito, limitando-se a seus pais e irmãos. Esse fato faz com que as mesmas conheçam e convivam muito pouco com a família maior, resultando em uma certa indiferença no seu relacionamento com os demais parentes.
É difícil, nas grandes cidades, uma convivência íntima entre tios,
primos e, lamentavelmente, até com os avós (figuras tão importantes
no desenvolvimento das crianças).
Esses fatores somados causam uma diminuição das fontes estáveis, que colaboram para a construção dos relacionamentos sociais, provocando uma ascensão do individualismo. Tudo isso gera um indiscutível incremento no estresse da família nuclear.
Nesse sentido, nossas crianças estão mais dependentes de apoios da comunidade, de instituições que representem lugares adicionais de segurança, amparo e esperança que ofereçam figuras identificatórias confiáveis. Dentre esses lugares comunitários de força e estrutura, estão incluídos os que propiciam a crença em um ser •


Para melhor compreendermos esse aspecto, podemos citar o exemplo de quando a criança se defronta com um desafio importante, e momentaneamente fracassa – ela pode se frustrar de maneira importante. No entanto, se possuir uma crença, acreditar na comunidade familiar e na escola, tenderá a sentir esse fracasso como derrota temporária, e não
como um fracasso vital e duradouro que envolve todo o seu ser.
Na ausência dessa grande comunidade, é freqüente a criança se tornar vulnerável e deixar que uma derrota momentânea se transforme em um tormento permanente.
Não devemos perder de vista que a construção de ambientes que transmitam confiança e a reconstrução da grande família são de vital importância para o desenvolvimento saudável das crianças,favorecendo- as na busca incessante da felicidade, que é uma busca própria do ser humano.
Desnecessário é dizer que a comunidade escolar ganha uma importância cada vez maior como espaço confiável para nossas crianças, não apenas como fonte de aquisição do saber, mas principalmente como lugar para se viver.
Não é incomum que, ao perguntarmos as nossas crianças quem são seus melhores amigos, nos sejam apresentados seus amigos de escola.
A comunidade escolar cada vez mais se aproxima, no imaginário infantil, do espaço ocupado anteriormente pela grande família: é lá que a criança encontra e convive com tias, por exemplo.
Nada nos impede de reatar os laços na grande família original, mas, na medida em que a escola ocupe grande parte desse lugar na mente infantil, devemos estar atentos para que ela possua valores como sabedoria, afetividade, fé e capacidade de acolhimento, que são desejáveis em qualquer boa família e em qualquer comunidade estruturada, saudável e sentida como agradável.

Valores na infância - Papel da família e da escola na construção de relacionamentos sociais


Nas últimas décadas tem havido uma inequívoca tensão nos núcleos familiares. Os pais têm cada vez menos tempo para convivência com os filhos, o nível de desemprego se elevou, a instabilidade social cresceu, as taxas e divórcios e separações são cada vez maiores e o aumento da
mobilidade vêm provocando uma sensação de desenraizamento
nas pessoas.
O núcleo familiar no qual as crianças vem sendo criadas é bastante
restrito, limitando-se a seus pais e irmãos. Esse fato faz com que as mesmas conheçam e convivam muito pouco com a família maior, resultando em uma certa indiferença no seu relacionamento com os demais parentes.
É difícil, nas grandes cidades, uma convivência íntima entre tios,
primos e, lamentavelmente, até com os avós (figuras tão importantes
no desenvolvimento das crianças).
Esses fatores somados causam uma diminuição das fontes estáveis, que colaboram para a construção dos relacionamentos sociais, provocando uma ascensão do individualismo. Tudo isso gera um indiscutível incremento no estresse da família nuclear.
Nesse sentido, nossas crianças estão mais dependentes de apoios da comunidade, de instituições que representem lugares adicionais de segurança, amparo e esperança que ofereçam figuras identificatórias confiáveis. Dentre esses lugares comunitários de força e estrutura, estão incluídos os que propiciam a crença em um ser •

Para melhor compreendermos esse aspecto, podemos citar o exemplo de quando a criança se defronta com um desafio importante, e momentaneamente fracassa – ela pode se frustrar de maneira importante. No entanto, se possuir uma crença, acreditar na comunidade familiar e na escola, tenderá a sentir esse fracasso
como derrota temporária, e não
como um fracasso vital e duradouro
que envolve todo o seu ser.
Na ausência dessa grande comunidade,
é frequente a criança se
tornar vulnerável e deixar que uma
derrota momentânea se transforme
em um tormento permanente.
Não devemos perder de vista
que a construção de ambientes que
transmitam confiança e a reconstrução
da grande família são de
vital importância para o desenvolvimento
saudável das crianças, favorecendo-
as na busca incessante
da felicidade, que é uma busca própria
do ser humano.
Desnecessário é dizer que a
comunidade escolar ganha uma
importância cada vez maior como
espaço confiável para nossas crianças,
não apenas como fonte de
aquisição do saber, mas principalmente
como lugar para se viver.
Não é incomum que, ao perguntarmos
as nossas crianças quem
são seus melhores amigos, nos
sejam apresentados seus amigos
de escola.
A comunidade escolar cada
vez mais se aproxima, no imaginário
infantil, do espaço ocupado
anteriormente pela grande família:
é lá que a criança encontra e convive
com tias, por exemplo.
Nada nos impede de reatar os
laços na grande família original,
mas, na medida em que a escola
ocupe grande parte desse lugar na
mente infantil, devemos estar
atentos para que ela possua valores
como sabedoria, afetividade, fé
e capacidade de acolhimento, que
são desejáveis em qualquer boa
família e em qualquer comunidade
estruturada, saudável e sentida
como agradável.

A Viagem!!!!


Um dia desses, li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem.
Uma comparação extremamente interessante quando bem interpretada.
Interessante, porque nossa vida é como uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, de pequenos acidentes pelo caminho, de surpresas agradáveis com alguns embarques e de tristezas com os desembarques...
Quando nascemos, ao embarcarmos nesse trem, encontramos duas pessoas que acreditamos que farão conosco a viagem até o fim, nossos pais.
Não é verdade. Infelizmente, em alguma estação eles desembarcam, deixando-nos órfãos de seu carinho, proteção, amor e afeto.
Mas isso não impede que durante a viagem, embarquem pessoas interessantes que virão ser especiais para nós.
Nossos irmãos, amigos e amores. Muitas pessoas tomam esse trem a passeio, outras fazem a viagem experimentando somente tristezas. E no trem há também outras que passam de vagão em vagão prontas para ajudar quem precisa.
Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos viajam nesse trem de tal forma que quando desocupam seus assentos ninguém sequer percebe.
Curioso é considerar que alguns passageiros que nos são tão raros acomodam-se em vagões diferentes dos nossos.
Isso nos obriga a fazer essa viagem separado deles. Mas isso não nos impede de com grande dificuldade atravessarmos nosso vagão e chegarmos até eles.
O difícil é aceitarmos que não podemos sentar ao seu lado, pois outra pessoa estará ocupando esse lugar.
Essa viagem é assim: cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, embarques e desembarques.
Sabemos que esse trem jamais volta.
Façamos essa viajem da melhor maneira possível, tentando manter um bom relacionamento com todos, procurando em cada um, o que tem de melhor, lembrando sempre que, em algum momento do trajeto poderão fraquejar, e, provavelmente, precisaremos entender isso.
Nós mesmos fraquejamos algumas vezes, e certamente, alguém nos entenderá.
O grande mistério é que não sabemos em que parada desceremos e fico pensando:
Quando eu descer desse trem sentirei saudades? Sim.
Deixar meus filhos viajando sozinhos será muito triste. Separar-me dos amigos que nele fiz, do amor da minha vida, será para mim dolorido.
Mas me agarro na esperança de que, em algum momento estarei na estação principal, e terei a emoção de vê-los chegar com sua bagagem, que não tinham quando embarcaram.
E o que me deixará feliz é saber que, de alguma forma, eu colaborei para que essa bagagem tenha crescido e se tornado valiosa.
Agora nesse momento o trem diminui sua velocidade para que embarque e desembarquem pessoas. Minha expectativa aumenta na medida em que o trem vai diminuindo sua velocidade...
Quem entrará? Quem sairá?
Eu gostaria que você pensasse no desembarque do trem não só como a representação da morte, mas também, como o término de uma história, de algo que duas ou mais pessoas construíram, e que por algum motivo ínfimo, deixaram desmoronar.
Fico feliz em perceber que certas pessoas como nós, tem a capacidade de reconstruir para recomeçar.
Isso é sinal de garra e de luta, é saber viver, é tirar o melhor de “todos os passageiros”.
Agradeço muito por você fazer parte da minha viagem, e por mais que nossos assentos não estejam lado a lado, com certeza o vagão é o mesmo.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A verdade da vida!!!



'Deus não escolhe pessoas capacitadas, Ele capacita os escolhidos.''Um com Deus é maioria. ''Devemos orar sempre, não até Deus nos ouvir, mas até que possamos ouvir a Deus.'
'Nada está forado alcance da oração, exceto o que está forada vontade de Deus.''Não temas a pressão,lembre-se que é ela que transforma o carvão em diamante.''Perdoar é a melhor maneira de vingar-se.'
'O mais importante não é encontrar a pessoa certa, e sim sera pessoa certa.''Moisés gastou: 40 anos pensando que era alguém; 40 anos aprendendo que não era ninguém e 40 anos descobrindo o que Deus pode fazer com um NINGUÉM.'
'A FÉ ri das impossibilidades.'Não confunda a vontade de DEUS, com a permissão de DEUS.Nem tudo o que acontece é de Sua vontade, mas nada acontece sem Sua permissão.''Não diga a DEUS que você tem um grande problema. Mas diga ao problema que você tem um grande DEUS.'

DECLARAÇÃO:Sim, eu amo Deus. Ele é a fonte de minha existência, é meu Salvador. Ele me sustenta a cada dia.Sem Ele eu não sou nada, mas com Ele eu posso todas as coisas através de Jesus Cristo, que me fortalece.(Filipenses 4:13)

Pílulas da sabedoria

Pílulas da Sabedoria
Confira pequenas reflexões que se incorporadas à sua vida, podem transformá-la em uma pessoa melhor, não para os outros, mas para você mesma. A paz interior é simplesmente uma conseqüência. Aproveite!!
SONHE
Mas não deseje ser quem você não é.
Isso é pesadelo
ALMEJE
Mas não queira ter uma vida igual à de outra pessoa
Isso é morte
IMAGINE
Mas não fantasie o que não pode ter.
Isso é loucura
DISPUTE
Mas não tente vencer aquilo que é considerado invencível.
Isso é suicídio
FALE
Mas não apenas de si mesma.
Isso é egoísmo.
APAREÇA
Mas não se mostre com orgulho.
Isso é exibicionismo.
ADMIRE
Mas não se machuque com inveja.
Isso é falta de autoconfiança
AVALIE
Mas não se coloque como um modelo de conduta.
Isso é egocentrismo
ALEGRE-SE
Mas nada de exageros ou muito alarde.
Isso é desequilíbrio.
ELOGIE
Mas não fique se desmanchando em bajulações.
Isso é hipocrisia
OBSERVE
Mas não faça julgamentos.
Isso é falta de amor próprio.
CHORE
Mas não se declare um ser infeliz.
Isso é autopiedade.
IMPORTE-SE
Mas não cuide da vida do próximo.
Isso é abandonar sua própria vida.
ANDE
Mas não atravesse o caminho alheio.
Isso é invasão.
VIVA
Feliz com o que pode ter.Feliz com o que dá para ser.
Isso é paz

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Aprendendo sempre

ADMIRAR A REALIDADE
"Significa penetrá-la cada vez mais lucidamente para perceber as inter-relações verdadeiras" (EC, 33).
AÇÃO CULTURAL
Quando as pessoas aprendem a "ler" e a "escrever" sua realidade, atuando sobre ela para transformá-la, sua ação é uma ação cultural. Para Paulo Freire todos os seres humanos, ao entrar em contato com a natureza e refletir sobre o sentido que tem sua ação, são criadores de cultura. Portanto, sua ação é uma ação cultural. "É um autêntico ato de conhecimento, um ato, no qual, a força real superdeterminadora da estrutura se manifesta aos sujeitos cognoscentes como um objeto cognoscível" (EACAC, 64).
AÇÃO CULTURAL PARA A LIBERDADE
Caracteriza-se pelo diálogo e seu objetivo principal é conscientizar as massas.

Paulo Freire