VIVA COM AMOR

VIVA COM AMOR

quarta-feira, 10 de março de 2010

Estímulo e reforço da autoestima da criança.

Ao lidar com os problemas da educação nos
dias de hoje, os especialistas se concentram
num processo essencial: o estímulo e o
reforço da auto-estima das crianças


Revista Veja
edição 1663-23 de agosto de 2000.

Aida Veiga
Peça para um pai ou uma mãe bem informados listar os problemas que as crianças enfrentam hoje, aquele tipo de agrura no passado raramente relacionada ao universo infantil, e a resposta é impressionante: drogas, bebida, depressão, obesidade, distúrbios alimentares graves. Pior, a lista é fruto não apenas da paranóia paterna mas também da dura realidade. Segundo um levantamento da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 70% dos jovens e adolescentes paulistas em idade escolar tomam bebida alcoólica em algum momento. Uma pesquisa feita em dezesseis cidades brasileiras mostra que 58% dos garotos e garotas de 12 a 14 anos fizeram uso de drogas pelo menos uma vez na vida. A Sociedade Brasileira de Pediatria aponta a obesidade como um mal que já afeta 15% das crianças no país. Por estimativa da Organização Mundial de Saúde, 20% dos adolescentes sofrem de depressão. Cada um desses problemas tem origem em fatores complexos, que vão desde aspectos genéticos até o nível de vida da comunidade. Um elemento, no entanto, permeia todos eles: a baixa auto-estima. Médicos e psicólogos cada vez mais identificam uma série de aflições comportamentais nesse sentimento de que não se é bom o suficiente, ou pior, "não presta", "não vale", "não merece". Um exemplo extremo: a introdução à bebida ou às drogas. "Quem tem uma boa auto-estima vai ser capaz de dizer não, porque não teme perder o apoio do grupo", avalia Tania Zagury, educadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, especializada em adolescentes. "Mas, se a criança for insegura, não vai resistir ao primeiro 'filhinho da mamãe' – acaba cedendo."
Os estudos que avaliam a importância da auto-estima no bom desenvolvimento das crianças proliferam nos países desenvolvidos, onde os problemas básicos já foram resolvidos e é possível se concentrar nas angústias da alma. No começo deste ano, pesquisadores da Universidade Harvard concluíram que, na dolorosa seara da anorexia e da bulimia, os distúrbios alimentares mais graves, a baixa auto-estima é um requisito essencial para a evolução da doença: toda menina obcecada em emagrecer age assim porque não se acha bonita e, se não é bonita, não vai conseguir arranjar amigos e namorados. No fim de junho, especialistas do mundo inteiro participaram em San Francisco, Califórnia, do congresso "Como preparar a juventude para o século XXI", no qual o tema central foi justamente o papel da auto-estima. "Cerca de 30% dos jovens americanos não se tornam cidadãos produtivos porque não se sentem bem consigo mesmos", afirma Robert Reasoner, autor do livro Auto-Estima e Juventude – O que Dizem as Pesquisas. "Quem conhece e valoriza suas qualidades e confia nelas tem menos probabilidade de pertencer a esse grupo."
Difícil equilíbrio – Auto-estima é, numa definição simplificada, o que a pessoa sente em relação a si mesma. Quando positiva, significa que ela se tem em boa conta, acredita que os outros gostam dela e confia em sua habilidade de lidar com desafios. Quando negativa, acha que não merece o amor de ninguém porque não sabe fazer nada direito, podendo vir a se tornar excessivamente tímida e sem iniciativa ou, no extremo oposto, se rebelar contra tudo e todos. Freud, no começo do século, foi o primeiro a teorizar que amor-próprio, o nome antigo do mesmo sentimento, é obrigatório em uma existência satisfatória. Solidificá-lo faz parte do processo de aprendizagem de vida. Nas crianças que vêm ao mundo com o essencial – o amor materno –, esse processo caminha bem no primeiro ano de vida, quando a mãe que é mãe, com seu olhar coruja, faz o bebê se sentir o foco de todo o afeto do mundo. Na fase seguinte, do desenvolvimento motor, ocasião em que a criança começa a dar os primeiros passos, aos carinhos e cuidados soma-se a necessidade daquele "muito bem", o cumprimento obrigatório a tarefas como comer sozinha e amarrar os sapatos. Na segunda infância, o cimento da auto-estima é o sucesso na escola, que não é sinônimo de notas altas, mas sim da percepção de que é capaz de aprender, de se sentir estimulada e de ter prazer nas descobertas. A moçada gosta de si mesma se tiver amigos e se sentir que é querida pelos colegas.
Para os pais, achar a medida certa, na hora de estimular a auto-estima, exige doses de bom senso e capacidade de discernimento, entre tendências aparentemente contraditórias. "Tivemos a fase do 'não', na qual o filho era adestrado, através de limites rígidos, a fazer isso ou aquilo", explica o psiquiatra paulista Içami Tiba, especialista em crianças e adolescentes. "Depois veio a reação, com o 'sim' para tudo. Agora, os pais estão buscando o equilíbrio." Que ninguém se iluda – este difícil equilíbrio exige habilidade de malabarista de circo. Pais superprotetores estimulam nos filhos uma auto-imagem negativa: por um lado, acham que não valem nada porque papai resolve tudo; por outro, mal acostumados a ter o que querem de mão beijada, exigem cada vez mais e, não sendo atendidos, se sentem diminuídos, como se o mundo não gostasse mais deles. Já pais obcecados com a performance dos filhos, que exigem comportamento impecável e notas excelentes, podem acabar sabotando-os. "Tímidos, em geral, têm baixa apreciação de si porque seus pais, excessivamente críticos, não lhes deram a segurança de ser amados. Não se sentindo amados, eles não se gostam", conclui Tiba.
Como se vê, o amor, explicitado de diferentes maneiras, é fundamental na construção e manutenção da auto-estima. Inclusive com os adolescentes, mergulhados naquela fase arredia em que rejeitam carinhos físicos. "Adolescente não aceita mais beijo de pai e colo de mãe", diz Tania Zagury. "Mas o pai pode demonstrar seu afeto de outras maneiras, até com um tapinha nas costas. A mãe pode recebê-lo com um 'Que bom que você chegou. Vai começar seu programa favorito'. Importante é achar um jeito de mostrar carinho", aconselha. Mas atenção: rasgar elogios a torto e a direito pode desandar a receita. Quando for elogiar, dizem os especialistas, é aconselhável evitar julgamentos de caráter. Incentivos do tipo "Você é uma garota boazinha, está se saindo muito bem, continue assim" criam ansiedade e convidam à dependência, porque a menina tende a achar que só será amada se fizer tudo conforme o figurino. Preferível, no caso, é a apreciação específica. Quando diz "Você arrumou todo o armário e ficou fácil encontrar aquela roupa perdida", a mãe leva a filha a concluir por si mesma que seu trabalho foi reconhecido e que manter o armário arrumado tem suas vantagens. Já quem parabeniza o filho por ter tirado 9 mas pede, em tom de brincadeira, que na próxima tire 10 pode estar criando uma pessoa insegura, incapaz de agradar aos outros.
"Cabeça-de-vento" – Saber criticar é fundamental. Primeiro mandamento da construção da auto-estima: toda e qualquer crítica deve ser dirigida ao comportamento da criança, nunca a ela própria. Quando o menino relapso nos estudos ouve do pai "Você é um vagabundo, não presta para nada", ele acredita e não se preocupa em mudar de atitude. Se o comentário paterno fosse na linha "Neste ano você não está estudando nada, hein? Mas, se se esforçar, ainda dá para passar", pode ter uma resposta muito mais positiva. Importante na hora da bronca, insistem os especialistas, é descrever o comportamento em questão (bater na irmãzinha, quebrar uma promessa), demonstrar o que eles, pais, sentem a respeito (raiva, decepção) e dizer, com todas as letras, como reparar o erro. E nunca, jamais, passar um sabão em público. "Nada derruba mais o moral, a imagem de uma criança ou de um adolescente do que criticá-los na frente de amigos ou familiares", diz a psiquiatra infantil Sônia Friedrich.
Humilhar é proibido, tanto por meio da crítica quanto da falta de respeito. Ninguém diz a uma visita que ela é desajeitada porque derrubou o copo de vinho no sofá. No entanto, todo pai e toda mãe são capazes de soltar os cachorros se o responsável for seu filho. Raros os pais que pedem por favor ou agradecem ao rebento. Mais fácil a criança ouvir que é uma peste porque largou a roupa no meio da sala ou uma cabeça-de-vento porque esqueceu a chave de casa. Por outro lado, quando os pais demonstram que estão atentos aos filhos e ao que eles lhes contam, a imagem que o menino e a menina têm de si cresce e se fortalece. Quando a criança está começando a construir frases, a atitude do pai de querer adivinhar o fim da história, para saber logo o que aconteceu, é uma ducha de água fria. O mesmo acontece quando a menina está contando em detalhes o dia na escola e a mãe fica reclamando do trânsito. Sim, às vezes é preciso ter paciência de monge. O lado bom é saber que tudo de positivo se reflete nos filhos. Em mais de um sentido. Em um estudo sobre as raízes da imagem positiva, o americano Stanley Coopersmith chegou à conclusão de que pais com auto-estima em dia têm filhos que também apreciam saudavelmente a si mesmos. Nada a ver com genes – é pura observação. Se os pais são pessoas felizes e independentes, cidadãos que respeitam as regras sociais, investem em suas potencialidades e crescem na profissão, respeitando os próprios valores, os filhos terão um espelho para se mirar.
A importância que os educadores atribuem à auto-estima é tal que a preocupação em cultivá-la já produziu efeitos contrários. Na década de 80, nos Estados Unidos, criaram-se comissões governamentais com a missão de formular estratégias para aumentar a auto-estima das crianças e dos adolescentes. Caiu-se, como era de esperar, no exagero. Escolas em todo o país passaram a colar cartazes e adesivos elogiosos por toda parte e a orientar os professores a enaltecer sempre a criança, por qualquer motivo, indiscriminadamente. Resultado: uma geração incapaz de enfrentar um "não", viciada em elogio (ganhou até nome, praise junkies). A tática foi abandonada e agora ressuscita reformulada, com ênfase na idéia da "auto-estima adquirida", resultado de atitudes positivas, merecedoras de reconhecimento. Um caminho delicado, mas não impossível. Pense nisso, da próxima vez que se sentir tentado a gritar e a insultar seu filho – ainda que o erro seja, de fato, irritante, e a desculpa, totalmente esfarrapada.
"Criticar, sim, mas nunca humilhar"

Auto - Estima- Maria do Rosário Silva Souza


A opinião que a criança tem de si mesma está intimamente relacionada com sua capacidade para a aprendizagem e com seu rendimento. O auto-conceito se desenvolve desde muito cedo na relação da criança com os outros.
Os pais atuam como espelhos, que devolvem determinadas imagens ao filho. O afeto é muito parecido com o espelho. Quando demonstro afetividade por alguém, essa pessoa torna-se meu espelho e eu me torno o dela; e refletindo um no sentimento de afeto do outro, desenvolvemos o forte vínculo do amor, essência humana, em matéria de sentimentos.
É nesta interação afetiva que desenvolvemos nossos sentimentos positiva ou negativamente e construímos a nossa auto imagem.
Se os pais estão sempre opinando a partir de uma perspectiva negativa para os filhos, e se estão sempre taxando-os de inúteis e incapazes, ou usando de zombarias e ironias, irá se formando neles uma imagem "pequena" de seu valor. E se com os amigos, na rua e na escola, repetem-se as mesmas relações, teremos uma pessoa com auto - estima baixa e baixo sentimento de auto - avaliação.

Como desenvolver a auto - estima ?

Quando a criança tem êxito no que faz - e já falamos sobre a forma de ajudá-las nesse sentido - começa a confiar em suas capacidades. E quanto mais acredita que PODE FAZER, mais consegue.
É importante ensinar à criança que ela pode fazer algumas coisas bem, e que pode ter problemas com outras coisas. E que esperamos que faça o melhor que puder.
Também é uma boa ajuda admitirmos nossos próprios erros ou fracassos. Ela precisa saber que também nós não somos perfeitos : "Sinto muito. Não devia ter gritado. Fiquei o dia todo chateado."
Para ajudá-la a criar bons sentimentos é importante elogiá-la e incentivá-la quando procura fazer alguma coisa, fazendo-a perceber que tem direito de sentir que é "IMPORTANTE", que "pode aprender", que "consegue" e que sua família lhe quer bem e a respeita. O cuidado reside em adequar as tarefas que cabem a cada idade e permitir que ela tente, como colocar o suco no copo (ainda que derrame), a roupa (mesmo do avesso), a jogar objetos no lixo, guardar os brinquedos, as peças do jogo, ajudar na arrumação dos seus livros, fitas de vídeo, enfim, solicitar a ajuda da criança, partilhando com ela pequenos afazeres, vale até aplausos às suas conquistas.
Portanto, estabeleça metas realistas e adequadas a idade de seu filho. Dê-lhe oportunidade de desenvolver-se sem super protegê-lo ou sem pressioná-lo, nem compará-lo com outras crianças.
Assim, ele formará um conceito positivo de si mesmo. E para desenvolver esse sentimento, estimule-o quando ele sentir que não tem condições de realizar algo. Talvez tenha de dizer-lhe : "Claro que você pode. Vamos, vou te ajudar."

Gaudério dos Pampas


Eis que surge lá no FUNDÃO da ESTÂNCIA, após se ENTREVERAR por várias COXILHAS mundo a fora, o LOCO DE BUENACHO, o ÍNDIO Noel, montadito em sua charrete cheia de presentes, que mais parece um mascate vindo do Uruguai, para novamente celebrar o nascimento do PIAZITO DO PEITO, uhh guri de respeito,GAUDÉRIO DOS PAMPAS, chamado JESUS, Filho da Dona Maria, prenda flor de rezadera, e do Seu José, um carpinteiro pra lá de especial. Este PIAZITO veio pra salvar toda a indiada que se perdeu pelas carreradas da vida.
Que este Natal , juntamente com toda tropilha de amigos, o Índio Noel traga PAZ , SAÚDE e PROSPERIDADE a todos MARAGATOS,CHIMANGOS e VIVENTES DE TODAS
AS VÁRZEAS E COXILHAS."

Um grande abraço e um baita quebra costelas bem chinchado e que 2010 SEJA UM
ANO LOCO DE ESPECIAL!!!!